Dez cearenses que estavam em navio que naufragou chegam a Fortaleza
Dez dos 17 cearenses que estavam a bordo do navio Costa Concordia, que naufragou na Itália na última sexta-feira (13), desembarcaram na manhã desta segunda-feira (16), no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Dos 17 cearenses, 15 são da mesma família.
"Não vejo a hora de abraçá-la, de comemorar", disse Fernanda Buttgereit, mãe de Lia Cavalcante Aragão, de 17 anos, que estava no navio. Lia viajava com família do namorado, Plínio Pinto, que comemorava o aniversário de 50 anos de casamento dos avós.
Familiares e amigos esperavam ansiosos o desembarque do grupo. "Não tem palavras para explicar o que a gente sente por saber que ela está chegando", diz a irmã de Lia, a estudante Larissa Aragão.
"Ela é muito jovem, foi uma experiência que era para ser de felicidade, para comemorar as bodas de ouro do avós do namorado e terminou desse jeito", lamentou a mãe de Lia.
"Faltavam apenas 10 horas para concluir o cruzeiro com felicidade e aconteceu essa tragédia. Ela vai fazer 18 anos, foi aprovada no vestibular para medicina. Agora é momento de agradecer muito a Deus", disse a mãe emocionada.
O chegada do casal que comemorava bodas de ouro, Celeste Bezerra e Pedro Jorge Bezerra, e dos demais cearenses a Fortaleza, está prevista para a noite desta segunda-feira. "Eles decidiram descansar em Recife e voltar mais tarde", disse Antônio Coelho Cardoro, tio de um dos passageiros.
O acidente
O acidente ocorreu na noite de sexta-feira (13), quando o navio Costa Concordia chocou-se contra uma rocha na região italiana da Toscana. No acidente, cinco pessoas morreram, 15 ainda estão desaparecidas e mais de 60 pessoas ficaram feridas. Dos 53 brasileiros, 47 eram passageiros e seis tripulantes. Todos os brasileiros sobreviveram, segundo o Itamaraty.
A empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio, afirmou que o comandante Francesco Schettino "cometeu erros de julgamento" e "não observou os procedimentos" para situações de emergência. O comandante foi detido e é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção) múltiplo, por ter provocado um naufrágio e de ter abandonado o navio quando ainda havia pessoas a serem salvas.
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