DEM pedirá ao MP que investigue ministro
"A forma como ele tem agido com certeza resultou em mortes que poderiam ser evitadas"
Referindo-se improbidade administrativo em cargo público com fins eleitorais.
"O governo pode blindá-lo politicamente, juridicamente, no entanto, ele tem de prestar contas, não é mais um problema de governo"
"Estamos diante de uma questão humanitária, ele pode ter contribuído para a morte de pessoas dos locais que, se tivessem sido atendidos, impediria a tragédia chegar ao ponto em que chegou".
O senador diz que o governo, de olho nos votos do PSB, tem procurado blindar o ministro no cargo
O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República ma manhã desta terça-feira, pedindo ao Ministério Público que investigue três denúncias contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
- O senador quer que o Ministério Público apure a denúncia de que o ministro descumpriu com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo o nepotismo e o decreto presidencial 7.203, de 2010, que reitera a proibição, ao manter no último ano seu irmão Clementino Coelho como presidente interino da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Referindo-se ao princípio da impessoalidade.
- A representação também pede providência pelo desrespeito à medida provisória, convertida em lei, que prioriza as áreas que mais sofreram com as enchentes no ano passado - Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina - ao privilegiar seu Estado, Pernambuco, com 90% dos recursos destinados à prevenção de desastres. "Havia a acusação de que se antecessor (Geddel Vieira Lima) havia desviado o dinheiro para a Bahia, cabe agora ao Ministério Público investigar se ele inverteu a prioridade e, ao que tudo indica, a resposta é sim", lembra Demóstenes.
- Outra denúncia destacada pelo senador é a de que o ministro favoreceu seu filho, deputado Fernando Bezerra Filho (PSB-PE), na distribuição de recursos para emendas parlamentares. Demóstenes informa que o DEM vai comparar o dinheiro liberado para as emendas do filho do ministro com as de outros parlamentares da base aliada. "Não vamos nem comparar conosco porque somos mesmo rejeitados o tempo inteiro", afirma.
(Fonte: DN)
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